Dia desses estava pensando no porque de fazer homenagens a quem já partiu. Se a intenção é demonstrar a alguém a estima que se tem, não faria mesmo sentido fazê-lo para quem não está mais por aqui.
Então, o fazemos não para prestar reverência ao homenageado, fazemos por nós mesmo. Não sabemos realmente como é a vida após a morte, muitos nem acreditam nela, como saber se toda essa admiração importa lá onde quer que estejam? Talvez a vida na Terra já tenha ficado para trás e as coisas daqui já não façam mais sentido. Fazemos isso como uma forma de nos consolarmos, ou para manter presente, para não se deixar esquecer quem não merece ser esquecido, é um modo que encontramos de suprir a falta de alguém.
Mais do que ninguém, Vinicius de Moraes merece todas e tantas quanto forem às homenagens. Mais uma será feita e com justiça! O “Poetinha” que também foi diplomata, mas demitido de seu cargo durante a Ditadura, agora, como uma forma de reparar a carreira interrompida, o diplomata vai ser promovido a embaixador pelo Itamaraty.
Comprovando que fazemos isso por nós mesmos, Celso Amorim, ministro das relações exteriores, disse a respeito da homenagem: “Nós fizemos um bem para o Itamaraty ao resgatar o Vinicius como embaixador. É uma honra para o Itamaraty”.
Mesmo tendo perdido seu cargo oficial, sem dúvidas poucos fizeram pelo Brasil, país que tanto amava, quanto Vinicius. Poucos souberam exaltar e enxergar a beleza, a poesia e a essência de nosso País. Vinicius fez muito mais que isso, viveu intensamente o que mais amava e foi justamente o que o fez perder o cargo, mas foi o que o fez ser Vinicius.
“Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu"
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu"
Vinicius de Moraes
Reportagem sobre a homenagem:
Para saber mais, assista ao documentário Vinicius de Miguel Faria Jr.:
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