Privatizaram Até o Mascote da Copa
16 de novembro de 2012 - Tatu-Bola na Estação Carioca no Rio de Janeiro
Segundo o site da Fifa, o mascote da Copa desempenha um importante papel de embaixador. Como tal, ele deve ser escolhido para representar o nosso país, possuindo características de nossa cultura e para tanto costuma-se usar um animal da fauna nacional. Para nossa Copa de 2014 foi escolhido o tatu-bola, um bichinho existente exclusivamente em nosso território e com a curiosa capacidade de se dobrar e transformar numa bola, mas isso o deixa exposto a caçadores entrando na lista de animais em extinção. Assim, nosso tatu-bola também vem carregando a bandeira da preservação ambiental tão em voga na atualidade.
Uma pena que a Fifa não respeite a nossa opinião. Nós, os anfitriões da festa, nos simpatizamos com o mascote, mas não com as opções que foram dadas para a escolha de seu nome, mas parece que isso é irrevogável, mesmo que discordemos que os nomes propostos não representem sua identidade.
Por falar em identidade, o mascote, como embaixador de nossa Copa, se torna um dos símbolos desta competição, representando a nacionalidade de nosso país, portanto, considero um crime a privatização de um símbolo que deveria vincular a competição à características próprias brasileiras. Deste modo, o que tem sido visto por aí é uma aberração, há um comercial do camarote do mascote exibido na televisão e bonecos infláveis espalhados por diversas cidades usando uma camisa vermelha escrito Coca-Cola, refrigerante estrangeiro que nada tem haver com a nossa identidade e, assim, de modo algum poderia estar associado a uma simbologia que deveria representar nossa nação e a nossa cultura. Fazer isso é o mesmo que esculpíssemos no manto do Cristo Redentor uma marca externa ou que tivéssemos escolhido o urso polar como mascote no lugar do tatuzinho.
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