O Futuro Começa Hoje e Não na Contagem Regressiva do Dia 31
31 de dezembro de 2012
O dia que estamos vivendo é o resultado do que fizemos no passado assim como nosso futuro não é ano que vem, ele começa hoje. Não importa o que vamos fazer no próximo ano e nem amanhã, o que importa é o que estamos fazendo agora, porque é tudo que nós temos. Não temos como mudar o passado e nem o futuro, tudo que podemos fazer é só hoje.
Se eu tivesse que dar um conselho sobre o que devemos fazer hoje para escrevermos o hoje do futuro diria para olharmos mais a nossa volta, para as pessoas, para sermos mais gentis com elas, diria para olharmos para as coisas simples e termos prazer com elas como pisar descalço na areia, dar um abraço apertado em alguém sem motivo algum, procurem seus amigos e combinem de irem juntos á praia, ao cinema, ao barzinho e não queira ser amigo deles só na rede social, curta menos suas páginas virtuais e curta mais com eles na vida de verdade.
Nunca fomos tantos, nunca tivemos tanta tecnologia para nos aproximar uns dos outros e isso fez o mundo encolher, mas nunca fomos tão distantes uns dos outros como somos agora. Estamos cada vez mais pensando em nós mesmos e nos esquecendo de quem está ao nosso lado. Neste ano que se inicia, façamos um brinde a hoje, a vida simples e descomplicada, a que vivemos de pés descasos, façamos um brinde ao calor de um abraço apertado, vamos curtir a vida e não curtir apenas clickando em um botão.
A Árvore dos Presentes Já Está Plantada, Que Frutos Desejamos Colher?
22 de dezembro de 2012
Mais um ano está para terminar, não dá mais tempo para fazermos muito mais coisas em 2012, só nos resta, então, festejar, reunir a família, os amigos e desejar que 2013 seja o melhor possível e que nós façamos o melhor que pudermos.
A vida anda muito corrida: nós trabalhamos, temos férias, cumprimos nossas obrigações, criamos nossos filhos, comemoramos os aniversários, mais um ano passa, trocamos presentes no Natal, celebramos a virada de mais um ano, vem um novo e sonhamos com os novos planos, o que de novo podemos fazer, ou com os velhos não realizados, os projetos para a nova vida que acreditamos estar começando e, então, vivemos mais um ano, um depois do outro. Estamos ocupados demais, isso é a vida, mas as vezes, com tantas atribulações, vamos deixando de lado os sonhos, a realização de desejos antigos e não executamos os planos que fizemos.
A vida é muito curta, a gente se envolve nos problemas e questões do dia a dia e o resto, o que é importante, o que faz a vida valer a pena, muitas vezes acaba ficando de lado, para depois, então um dia a gente se dá conta de que a vida passou e não fizemos nada. Não deu tempo porque estávamos ocupados demais levando a vida, fazendo todas as outras coisas que fazemos, que tivemos que fazer e por isso não deu tempo de ter uma vida que valesse e quando descobrimos pode ser tarde. Neste final de ano vamos refletir sobre o que estamos fazendo com os nossos dias e dar mais valor as coisas simples, mas que enchem nossos dias de alegria e que mostram o quanto vale a pena viver.
“Os caminhões de operários vinham de toda parte querendo colaborar, pensando que iam encontrar a terra da promissão. E estão lá nas cidades satélites, tão pobres quanto antes. Não basta fazer uma cidade moderna; é preciso mudar a sociedade” - Oscar Niemeyer
Se o Brasil é marcado por ser o país do futebol, do carnaval, igualmente o é conhecido pela arquitetura de Niemeyer que imprimiu, com suas criações, a sua contribuição para a identidade nacional. Não foi apenas Brasília, construções suas adornam muitas de nossas cidades e outras tantas cidades importantes do mundo e quando, lá no estrangeiro, a olhamos estamos vendo um pouco de nosso país.
Hoje amanhecemos de luto, nos despedimos de um homem que teimou em nos deixar, que não se foi enquanto não construiu muito de nosso Brasil, não partiu sem nos legar uma grande obra, construída não apenas de areia e concreto, mas impregnada pelo material humano, usado como argamassa para a liga que moldou um pouco da identidade desse nosso Brasil.
“Mais importante do que a Arquitetura é estar ligado ao mundo. É ter solidariedade com os mais fracos, revoltar-se contra a injustiça, indignar-se contra a miséria. O resto é o inesperado; é ser levado pela vida.” - Oscar Niemeyer
Cinema é uma linguagem de comunicação mágica capaz de nos envolver de tal modo que as emoções vividas na tela são projetadas em nossos sentimentos, provocando sensações que marcam cada um de forma particular. Ao assistirmos um filme, assimilamos a experiência vivida naquela sala escura e por isso o cinema é uma arte poderosa, fonte de entretenimento, mas também capaz de influenciar as pessoas de muitas maneiras.
O último filme que assisti tem um final apoteótico: um grupo de pessoas está em perigo e precisa escapar de uma situação que pode lhes custar a vida, tudo leva a um final trágico. Entre eles há um cujo trabalho é justamente resgatar pessoas de situações difíceis como esta, o nosso herói do filme, e ele executa seu plano que necessita de uma combinação de coisas para dar certo, mas a qualquer momento podem ser descobertos e capturados. A sequencia final passa por um continuo frenético de situações tensas que culminará na fuga ou na morte, mas eles se salvam, todos comemoram, se abraçam, a informação de que estão salvos se propaga e há comemoração em outros locais onde também aguardavam o desenrolar. Muita gente comemorando, se abraçando e os heróis, no fim, são premiados com medalhas e troféus. Quem já não assistiu a um filme assim? Conseguem imaginar de qual estou falando?
Já perdi as contas de quantos vi que se encaixariam nesta descrição, o que muda é sempre o malvado da história, por vezes são os comunistas, ou extraterrestres, podem ser os terroristas, só os mocinhos são os mesmos, os americanos, ele pode ser um cara comum, um policial, um bombeiro, um agente da CIA ou o próprio presidente. Esse tipo de filme, geralmente, tem um objetivo escondido por trás da história que é atribuir a noção de que existem bons e maus, que os americanos estão do lado bom e irão salvar a todos e do outro lado está o inimigo malvado, implacável, aterrorizante, destruidor que vai acabar com nossa vida ou com o mundo como o conhecemos.
O filme especificamente do qual estou falando é Argo, de Ben Affleck. Li uma matéria que dizia que ele gostaria de tirar de si o estereótipo do mocinho de filme de ação que o marcou por Armageddon. Argo tem boas críticas, é elogiado e realmente muito bem feito, mas tenho minhas dúvidas da diferença dele para um outro filme de mocinho e bandido que o ator já tenha feito em sua carreira, a não ser pelo fato desse ser baseado em uma história real e não simplesmente extraído da pura ficção. Tenho que concordar que o filme é muito bem caracterizado, a reprodução de algumas imagens e acontecimentos impressiona, quem for ver não se levante da cadeira antes da hora que vão mostrar as imagens verdadeiras em contraposição com as feitas para o filme.
No filme, Bem Affleck é o agente da CIA Tony Mendez que se infiltra no Irã para salvar alguns funcionários que fugiram da embaixada americana em Teerã durante a sua invasão após a Revolução Iraniana de 1979, enquanto os outros funcionários eram feitos reféns, mantidos sob cárcere durante 444 dias. Portanto, ele é o mocinho americano que salvará quem está em perigo dos malvados iranianos islâmicos fanático.
Eu vejo este filme com um viés totalmente político. Hoje, os inimigos não são mais os comunistas, mas os terroristas, principalmente se forem mulçumanos. Convenientemente este filme foi rodado enquanto está em jogo a questão nuclear iraniana, o governo norte-americano não admite o direito do Irã desenvolver um programa nuclear para fins pacíficos e o acusa de estar desenvolvendo o programa para fins militares, embora o Irã tenha assinado o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), ter aceitado as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica e nada ter sido provado. Aliado a isso tem Israel, que é inimigo público declarado do Irã e o ameaça de invasão se não parar imediatamente seu programa nuclear. Vale ressaltar que Israel não é signatário do TNP e conhecidamente possui armas nucleares, mas o nega, mesmo contra as evidências, além de receber três bilhões de dólares dos EUA por ano em financiamento militar e ter um fortíssimo lobby que pressiona os EUA a tomar posições favoráveis a ele. Esse lobby é feito por instituições como a AIPAC que se auto declara em sua home page “America’s pró Israel lobby”, que dentre outras ações, atua dando dinheiro para as campanhas presidenciais americanas. Outras formas conhecidas de lobby são através do convencimento da opinião pública através da mídia, cinema, eu diria até livros, best sellers. Com todos estes indícios é de se suspeitar que o filme tenha esta intenção.
O filme trás o expectador para dentro da história, o coloca no contexto e tenta criar uma afinidade entre eles e as vítimas, os funcionários reféns, através de closes em seus rostos com suas expressões faciais e contando um pouco de sua história. Já os iranianos não tem o rosto mostrado em detalhes, somente poucas vezes quando estão executando más ações e como parte do clímax final (quem ver o filme entenderá a necessidade disso para a sequência perigosa pela qual os personagens passam a caminho da libertação), mas ao longo de todo filme eles são mostrados como uma massa histérica, enlouquecida e fanática, eles tem de parecer bem malvados. Em uma das sequências, após descreverem quem são cada um dos funcionários americanos que devem ser salvos, alguns agentes da CIA fazem uma referência aos iranianos, com uma frase encaixada no roteiro, depreciando-os dizendo que se tiverem a mínima capacidade de fazer uma conta simples logo darão falta dos funcionários fugitivos. Os únicos iranianos que tem realmente alguma característica mostrada é a governanta da casa do embaixador canadense porque dá uma pequena contribuição à fuga das vítimas e o Xá deposto Reza Pahlevi, motivo da crise dos reféns, o qual é referido por mais de uma vez como um velho coitado com câncer.
O Irã tem uma rica história de mais de três mil anos, já foi um grande império, teve governantes cujos nomes ainda reverberam na história, é um dos berços da civilização que hoje conhecemos, mas também tem uma triste história de dominação e exploração pelo imperialismo das grandes potências e nem uma parte disso é mostrado no filme. O Irã é um país de cultura complexa, de um povo culto e nada além de uns pequenos fragmentos de sua história que não dão conta de mostrar quem é este país é apresentado no filme. A colagem de cenas da revolução que perpassam todo o filme não vem acompanhadas de seu contexto e isoladas, sem a história por trás, fora do acontecimento real só reforçam a imagem estereotipa do iraniano fanático que se quer que acredite povoar aquele país. O que o Irã quer e está exigindo com aquela revolução do filme, com outras que aconteceram antes e com a insistência em seu programa nuclear atual é ter o direito, mais do que justo, de decidirem por si só o seu próprio destino e o modelo que querem adotar para governar suas vidas, isso se chama autodeterminação de um povo.
Os norte-americanos gostam de propagar a crença de que são um país livre e democrático, mas não admitem que se pense diferente, para os EUA a liberdade vai até onde eles determinam que seja a forma correta de pensar e viver, se não for de seu modo são malvados, são inimigos a serem combatidos. Com os comunistas foi assim, eles tinham um modo diferente de se autogovernar e isso era inadmissível, contra Cuba foi assim, uma pequena ilha que até hoje é tida como inimiga e com o Irã estão fazendo o mesmo. Mas eles vão lutar pelo seu direito de pertencer ao grupo dos não alinhados e pelo direito a sua autodeterminação, mesmo que a mídia ocidental os demonize, mesmo que façam filmes, mesmo que lhe imponham sanções e mesmo que quando formos ao cinema, que no final torçamos pelos mocinhos americanos de Argo e que eles venham a ganhar mais um troféu, o Oscar.
Para Saber mais:
Livro: Todos os Homens do Xá: o Golpe Norte-Americano no Irã e as Raízes do Terror no Oriente Médio – Stephen Kinzer
Livro: As Mil e Uma Noites Mal Dormidas: a Formação da República Islâmica do Irã - Murilo Sebe Bom Meihy
16 de novembro de 2012 - Tatu-Bola na Estação Carioca no Rio de Janeiro
Segundo o site da Fifa, o mascote da Copa desempenha um importante papel de embaixador. Como tal, ele deve ser escolhido para representar o nosso país, possuindo características de nossa cultura e para tanto costuma-se usar um animal da fauna nacional. Para nossa Copa de 2014 foi escolhido o tatu-bola, um bichinho existente exclusivamente em nosso território e com a curiosa capacidade de se dobrar e transformar numa bola, mas isso o deixa exposto a caçadores entrando na lista de animais em extinção. Assim, nosso tatu-bola também vem carregando a bandeira da preservação ambiental tão em voga na atualidade.
Uma pena que a Fifa não respeite a nossa opinião. Nós, os anfitriões da festa, nos simpatizamos com o mascote, mas não com as opções que foram dadas para a escolha de seu nome, mas parece que isso é irrevogável, mesmo que discordemos que os nomes propostos não representem sua identidade.
Por falar em identidade, o mascote, como embaixador de nossa Copa, se torna um dos símbolos desta competição, representando a nacionalidade de nosso país, portanto, considero um crime a privatização de um símbolo que deveria vincular a competição à características próprias brasileiras. Deste modo, o que tem sido visto por aí é uma aberração, há um comercial do camarote do mascote exibido na televisão e bonecos infláveis espalhados por diversas cidades usando uma camisa vermelha escrito Coca-Cola, refrigerante estrangeiro que nada tem haver com a nossa identidade e, assim, de modo algum poderia estar associado a uma simbologia que deveria representar nossa nação e a nossa cultura. Fazer isso é o mesmo que esculpíssemos no manto do Cristo Redentor uma marca externa ou que tivéssemos escolhido o urso polar como mascote no lugar do tatuzinho.
Eu não gosto de campeonato sem final. Para mim, campeonato que se preze tem que ter uma final. Tenho a impressão de que a maioria das pessoas não concorda com esta minha opinião, dizem que pontos corridos é mais justo, mas continuo firme na minha posição que nada é mais emocionante do que dois times entrando em campo disputando um contra o outro quem será o campeão. Entre a frieza da justiça e a explosão da emoção de uma partida vencida derrotando o derrotado, fico com a segunda opção.
Não que o Brasileirão deste ano não tenha sido emocionante, mas chegou ao fim sem ter acabado. A imprensa está tentando nos convencer de que tem muito ainda em jogo, pois eu digo que acabou. Faltando três rodadas para o final e está acabado, disputa para ver quem não cai ou uma última vaga na Libertadores é acessório, não é para isso que os campeonatos são disputados, os times entram em campo é pela taça, pelo título, para gritar “é Campeão”!!!!
Bem que tentaram prorrogar o inadiável, mas já estava mais do que claro quem ia levar este título, uma semana a mais uma a menos o campeão já estava consagrado. Não adiantaram mais uma vez fazer manobras para cima do Vasco, sempre o Vasco. Tivemos um gol legítimo anulado, qual foi a justificativa mesmo? Ah... Algum jogador parece que gritou em campo para o outro? Bela explicação! Alguém que não seja atleticano aí se convenceu? Poderia até ter sido um ato isolado, mas foi mais do mesmo, o de sempre. Não bastou, foi preciso dar um penalty inexistente, não adiantou. O Vasco empatou e o Fluminense fez um gol com seu artilheiro para não adiar o que já parecia mais do que certo.
Voltando um pouco no tempo, o último Campeonato Brasileiro que teve uma final foi o de 2002, naquele ano a regra dizia que os oito primeiros colocados iriam para a próxima fase, as quartas de final, que definiria quatro times para as semifinais e então os dois melhores jogariam a grande e última final que um Brasileirão iria ver: dois times, um contra o outro, quem vencesse sairia campeão, sem precisar de combinação de resultados, só dependendo dos seus jogadores em campo. Naquele ano, o Santos vinha numa ascensão enquanto o campeonato se aproximava de suas fases finais e se classificou em oitavo, o último a conquistar o direito de continuar na disputa pelo título, São Paulo se classificou em primeiro, São Caetano em Segundo, Corinthians em terceiro, etc. A final foi disputada entre Santos e Corinthians e o título ficou com a equipe de Robinho que inventou a jogada que ficou conhecida como “pedalada” no segundo jogo da final.
No ano seguinte, tudo acabado, foi instituído o campeonato dos pontos corridos dito mais justo. Para mim estava claro, dado à veemência das discussões que seguiram a vitória do time da Vila Belmiro, muita gente não se conformava que o time que se classificou em oitavo ficasse com a taça e o Corinthians, sempre ele, fosse vice. Mas o que seria um campeonato mais justo? Talvez o de 2009, quando o Flamengo jogava contra o Grêmio na última rodada e precisava da vitória porque o Internacional seria o campeão se vencesse. Justo quem? O maior rival do Grêmio, alguém acredita que havia alguma chance do time de Porto Alegre vencer a partida e deixar o título para o Colorado que fez o dever de casa e venceu a sua partida contra o Santo André por 4 x1? Podem dizer o que quiser, mas eu vi aquele jogo, vi o Grêmio jogar muito no primeiro tempo e depois, como quem se dá conta e lembrando de quem ia ficar com a taça, pararam em campo, não jogaram mais bola e ainda assim o Flamengo teve dificuldade de virar aquele jogo. Queria ver se a final fosse entre Inter e Flamengo, isso sim seria um campeonato justo!
E o que dizer do Brasileirão de 2011? Podem dizer que é choro de perdedor, não ligo já que a história é contada pelos vencedores. Mas é fato, nos últimos tempos há um favorecimento explicito do Corinthians, são muitas as manobras para levar o time a conquistas fictícias de campeonatos e por traz tem muitos interesses. É muito claro que o Vasco deveria ter sido o campeão de 2001, basta fazer uma pesquisa simples na internet para saber, são “erros” e mais “erros” de arbitragem. Por que na dúvida os árbitros sempre marcaram contra o Vasco? Mais do mesmo, tantas e repetidas vezes não são coincidências.
E o que não dizer do gol anulado do Vasco contra o Corinthians, não estou falando daquele do returno do Brasileirão de 2011 que o jogo terminou 2 x 2, mas do embate seguinte, pela Libertadores que terminou em 0 x 0. Era um lance muito difícil, o assistente poderia muito bem se enganar, afinal ele não tem recursos eletrônicos, replay, tira-teima, o que me preocupa é a necessidade da Globo em manipular o tira-teima, para nos convencer. Podia ter simplesmente dito que o juiz errou, não ia fazer a menor diferença, o jogo não ia voltar atrás, mas por que da insistência com a manipulação da bolinha de papel, ops... quero dizer do tira-teima? E ainda tenho que ouvir dizerem que o Corinthians foi campeão invicto! Claro! Gol contra o Corinthians não vale! O juiz anula, é jogada ilegal. Assim é fácil ser invicto e ganhar campeonatos. Não vou me estender, mas não poderia deixar de citar a construção de um estádio inteirinho com direito a infraestrutura no entorno, como metrô, que o time vai ganhar e com que dinheiro será construído este estádio? O público! Agora ninguém mais vai poder fazer bullyng contra o Corinthians dizendo que eles não têm estádio e nem Libertadores.
Voltando ao fim do Campeonato Brasileiro de 2012 que já acabou, parabenizo o Fluminense que está jogando muito e que foi tetracampeão. Agora é justo que assistamos três rodadas de jogos para cumprir tabela, a gente não gosta mesmo de assistir à finais de campeonatos, mas tudo em nome da “justiça”.
Quase nunca, principalmente se for nos do metrô. Fora dos trilhos mesmo estão os novos carros, com anos de atraso, dizem que estão chegando.
Está cada vez mais difícil se deslocar. Num mundo sem fronteiras estamos engessados por falta de mobilidade urbana, existe um déficit em transporte nas grandes cidades, a expansão projetada está atrasada, enquanto isso, vivemos no aperto. Penso, quando estiver em operação, se esses novos carros já não serão insuficientes.
E vêm aí mais trilhos, mais passageiros, dizem que chegaremos até a Barra. Enquanto isso vamos torcendo para não fazer feio perante o mundo na Copa e nas Olimpíadas.
A onda verde trouxe a onda da reciclagem e o principal alvo são os plásticos. Sacolas, garrafas PET, copinhos e tudo que demora milhares de anos na natureza para se decompor viraram vilões.
O mundo é dinâmico e se recria, abre espaço para as ideias, velhas, novas ou recicladas. O importante é recriar, customizar e reaproveitar.
Para um povo criativo nada é impossível e tudo se transforma. Em que uma garrafa PET pode se transformar?
Hoje, a maior parte das pessoas vive em cidades. Muitas são pequenas e bucólicas, proporcionando uma vida num ritmo tranquilo, outras são grandes, enormes, metrópoles, megalópoles...
A vida segue um movimento em sincronia com o ritmo das cidades. Nos grandes centros convivemos com o caos urbano que reina e agimos numa tentativa contrária de organização.
Na paisagem de pedra, moldada pelas mãos do homem, a vida segue seu curso. A simbiose dos movimentos individuais se funde para formar a identidade urbana tão atual quanto fluida.
A questão ambiental vem nos impor uma busca por novas formas de pensar, de agir, a refletir sobre o nosso padrão de consumo. Isso está cada dia mais perceptível uma vez que individual e coletivamente estamos buscando novos caminhos e, assim, este tema está cada vez mais recorrente e, gradativamente, medidas são tomadas. As ações de mitigação são coletivas e individuais, isto é, vem sendo observadas mudanças de comportamentos nas empresas, nas instituições governamentais e não governamentais, nas relações entre nações para formulação de regras e acordos indispensáveis, pois certamente sem a colaboração de todos, sem exceções, não será possível uma mudança no quadro atual. A grande questão é qual a efetividade delas, ou seja, se essas ações somadas serão suficientes.
São várias as iniciativas que contam com a participação das pessoas, ensinam como agir ou simplesmente que chegam até aos ouvidos e estão mudando a forma de nos relacionarmos com o planeta e aos poucos nosso comportamento. Entretanto, a principal solução veiculada está ligada à redução das emissões de CO2 através do acordo selado no Protocolo de Kioto. Essa solução é cara demais, por isso, tão difícil de ser implementada e encontrar adesões como a dos Estados Unidos.
Ninguém questiona o fato de que a humanidade provocou um aumento substancial nos níveis atmosféricos de dióxido de carbono ao longo dos últimos séculos, contribuindo, assim, para o aquecimento global. Questionável, porém, é se a histeria e o gasto desenfreado com programas extravagantes de cortes de CO2 a um custo sem precedentes representam a única saída possível. Essa escolha é especialmente questionável num mundo de doenças tratáveis e onde é possível salvar essas vidas, fortalecer a sociedade e melhorar o meio ambiente por uma fração deste custo.LOMBORG (2008)
Assim, há quem pense diferente, que existem outras soluções mais baratas e muito mais efetivas que simplesmente reduzir as emissões de CO2. Além de ser uma solução cara em demasia seu resultado é pífio e a longuíssimo prazo. O cientista político dinamarquês Bjorn Lomborg (em entrevista a Veja 23/12/09), autor do livro O Ambientalista Cético, diz que o combate ao aquecimento global tem de se basear em tecnologia, e não em mudanças no consumo o que vai de encontro com o defendido pelos ambientalistas. Sua descrença se dá em torno da histeria criada acerca do assunto e do que se pretende fazer para solucionar o problema.
Há muita confusão em torno desse debate sobre consumo ético, como se a questão toda se resumisse ao que a pessoa faz. É uma visão torta porque, no fim das contas, o que nós fazemos está profundamente regulado pela forma como a sociedade funciona. Posso pegar um ônibus em vez de um carro na Dinamarca (eu nunca tive carro). Mas não poderia fazer isso nos Estados Unidos. Por isso, acho que reduzir tudo à ideia de que você deve fazer algo sobre seu consumo não é o melhor caminho. Para dar uma noção de proporção, se todos no mundo ocidental trocassem suas lâmpadas atuais por um modelo mais econômico, ao final de um ano as emissões se reduziriam apenas o equivalente à quantidade de CO2 que a China joga na atmosfera em um dia. Acho inútil adotar o argumento de que não se deve agir desta ou daquela maneira porque é imoral. Resumindo: organizações verdes querem mudar a natureza humana, dizendo que não se deve querer ter ou gastar mais. É muito difícil mudar a natureza humana. Prefiro mudar a tecnologia. Assim, poderemos fazer o que quisermos, mesmo emitindo CO2.LOMBORG (2009)
Lomborg (2009) discorda também da forma como as discussões são colocadas, apesar de concordar que o problema existe, ele acredita que há um alarde exagerado, como quando apregoam a elevação dos mares nos próximos 100 anos, para ele se o nível dos mares se elevar diz que é óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. Então, se diz cético a algumas previsões e em relação às políticas de combate ao aquecimento global, pois acredita que a maioria dos lugares ricos no mundo conseguirá lidar com o problema, citando como exemplo os holandeses que o vêm fazendo desde o século XVII. A Holanda tem 60% de sua população vivendo abaixo do nível do mar. Outro argumento que defende é de que os filhos dos ricos continuarão levando uma vida boa e continuarão sendo cada vez mais ricos independentemente do que aconteça e não é o futuro deles que preocupa e sim com todo o restante das pessoas pobres do planeta que vivem hoje uma situação difícil.
O paradoxo é que a ONU espera que todos enriqueçam. [...] As pessoas nos países em desenvolvimento estarão 35 vezes mais ricas. A média das pessoas em Bangladesh não será pobre em 2100, mas classe média alta. Ou seja, estamos pensando em ajudar pessoas que serão ricas daqui a 100 anos, mas deixando de ajudar as pessoas pobres que estão aqui agora, hoje. Esse é, para mim, o grande dilema ético: nós nos importarmos tanto com os ricos do futuro e tão pouco com os pobres do presente. [...] O caso dos países insulares é claro. Se você olhar para Tuvalu, que tem 12.000 habitantes e pode desaparecer, verá que as pessoas de lá não vão sumir. Elas terão de se mudar, o que será triste. Mas é curioso lembrar que a cada sete horas e meia um número equivalente de pessoas morre no mundo em decorrência de doenças infecciosas facilmente curáveis. São cerca de 15 milhões de pessoas que morrem desta maneira todo ano no mundo. As pessoas de Tuvalu terão apenas de se mudar. Para mim, é muito curioso que estejamos gastando tanto dinheiro para ajudar as pessoas de Tuvalu e fazendo tão pouco pelas 12.000 que morreram nas últimas sete horas e meia. Fala-se muito em aquecimento global. Mas as pessoas de verdade têm problemas mais urgentes. A maioria das pessoas nos países em desenvolvimento, ou três quartos da população mundial, quer saber como vão sobreviver até a semana que vem.LOMBORG (2009)
É preciso perceber que um dos grandes vilões e culpados dos males ambientais é a cultura de consumo, ou melhor, o consumismo. Vivemos numa sociedade em que vemos um padrão ostentatório de uma minoria que exploram os recursos minerais dos quais não podem mais viver sem, enquanto os mais pobres exploram no lixo sua sobrevivência diária. Pessoas que nunca vão prosperar porque sua ferramenta de trabalho para plantar são as próprias mãos enquanto outras colhem com máquinas e subsídios estatais. Mesmo que o “consumo verde” traga benefícios ao ambiente, ele tem agregado a si um caráter alienante, pois em grande parte serve para salvarmos nossa consciência e não nosso Planeta, pois alimenta a indústria e não as necessidades dos seres humanos.
As ações mitigadoras, que estamos planejando hoje, somente trarão benefícios para ao mundo em 100 ou 200 anos, quando, dado os avanços tecnológicos, do conhecimento, econômico e aumento da renda individual, estarão muito mais ricos no futuro. Os benefícios, se houverem, não atingirão as pessoas vivas hoje, o que os dirigentes fazem ao assinar os acordos de intenções nas conferências sobre o meio ambiente não estão focados em problemas muito mais fácil de solucionar que estão matando as pessoas agora.
Quando tentamos ajudar o mundo em desenvolvimento reduzindo as emissões de carbono, estamos tentando ajudar os indivíduos em um futuro distante, quando eles estarão muito mais ricos. Não estamos ajudando um pobre habitante de Bangladesh em 2100 e, sim, muito provavelmente, um holandês bastante rico. [...] A pergunta, então, passa a ser a seguinte: Não seria melhor ajudar um habitante pobre de Bangladesh hoje? Ele precisa mais de nossa ajuda e podemos fazer muito mais por ele. Ajudar um habitante atual de Bangladesh a adoecer menos, a se alimentar melhor ou a participar do mercado global não resultará apenas nos benefícios óbvios, mas também o tornará capaz de melhorar a sociedade de Bangladesh, de possibilitar o crescimento de sua economia e deixar um país mais rico e mais robusto para as futuras gerações, que estarão muito mais aparelhadas para lidar com o aquecimento global. [...] Investir no presente não só aliviaria os problemas de hoje, como também melhoraria o futuro.LOMBORG (2008)
Os ursos polares viraram uma espécie de símbolo da luta contra o aquecimento global, pois eles estariam em risco de extinção caso nada seja feito. Entretanto, a maior parte das populações de ursos polares está estável ou em crescimento e as ações realizadas hoje para minimizar os efeitos do aquecimento evitariam a morte de menos ursos no futuro que se parássemos de caçá-lo no presente. Outro símbolo são as imagens projetadas de edifícios submersos nas nossas grandes cidades, haverá aumento no nível dos mares, mas não de modo a inundar como nas imagens fictícias criadas no nosso imaginário.
Nossas catástrofes atuais parecem piores do que sempre foram ao longo da história humana, mas é preciso pontuar que se morrem mais pessoas hoje é porque a população mundial nunca foi tão grande e tem preferência por morar ao longo da costa em suas cidades em risco de alagarem. Além do mais, quando se analisa os efeitos do aquecimento, não se contrabalança com os benefícios de se viver em um mundo alguns graus mais quente, como, por exemplo, o aumento de áreas para plantio e diminuições de mortes pelo frio ou doenças causadas por ele.
Devemos ter em mente que, por mais evoluída que esteja nossa ciência, toda esta discussão é baseada em projeções e suposições. Não existe certeza quanto a nada, no entanto temos que fazer nossas escolhas sobre o Mundo que queremos. Precisamos salvar o Planeta, mas vamos preferir salvar o Planeta de agora e ajudar as pessoas que precisam hoje ou o Planeta futuro e uma hipotética população que ainda nem nasceu?
Referências:
Cool it: Muita Calma Nessa Hora! – Bjorn Lomborg, Elsevier, Rio de Janeiro, 2008.
O Ambientalista Cético - Bjorn Lomborg, Campus, Rio de Janeiro, 2002.
O Rio Pomba corre manso e lentamente em seu leito, não é hoje ele a causar o lamento. Hoje nos despedimos de um ilustre filho da Terra, nascido à sua margem, na cidade de Santo Antônio de Pádua, Altamiro Carrilho ganhou o mundo e consigo levou nossa música por muitos países.
Em ritmo do Choro nos despedimos das notas melodiosas saídas de sua flauta que hoje silencia. Com certeza terá lugar entre os anjos, pois a música deles já sabia tocar aqui na Terra.
E o Pomba segue seu curso resignado, silencioso, reverente e consciente de que um dia foi berço de um flautista que encantou o Mundo.
É um privilégio acordar todos os dias com esta paisagem diante de si. Quem não conhece, se puder visitar, venha! Para quem já viu, volte! E, para quem mora aqui, não passe insensível diante desse presente da natureza.
Somos mais de 7 bilhões de pessoas morando no Planeta Terra. Malthus, no final do século XVIII, quando ainda não chegávamos à 1 bilhão, decretou que não haveria alimento para tantos.
Com os avanços na saúde pública, planejamento familiar e métodos modernos de contracepção, que juntamente com a urbanização e evolução da tecnologia agrícola derrubaram sua teoria, tornado-a até motivo de pilhéria.
Passados mais de 200 anos desde a publicação da teoria malthusiana, depois de ser amplamente desqualificada, as coisas mudaram. Sua teoria foi absolvida e estamos agora vivendo o retorno do seu pessimismo: se continuarmos com o nível atual de consumo, destruindo os recursos naturais, devastando as florestas, oceanos e atmosfera, poderemos provocar um descontrole no clima da Terra e confirmar a maldição de Malthus.
O encontro no Rio era para falar sobre as mudanças climáticas; virou uma Babel de discussões, afinal, em se tratando do futuro do planeta, todas as questões são envolvidas.
Dos ursos polares aos miseráveis, das emissões de CO2 ao crescimento econômico, do consumo ao contraste social o dinheiro fala alto, é a filosofia do capital. A solução passa por um delicado consenso, difícil de encontrar.
Temos fome hoje, morremos em guerras e doenças facilmente tratáveis hoje, o futuro está em jogo, mas ainda não conseguimos encontrar a solução para o presente.
O dia silenciosamente rompe a noite e o alvorecer traz o pesar de uma triste despedida. O sol brilha no céu, enquanto a escuridão se abate sobre nossos sentimentos. Hoje, tragicamente, uma luz se apagou.
Uma estrela cadente, como uma flor, trazem consigo o dom de deixar o mundo mais belo. Impregnadas por algo quase que mágico, capazes de nos tocar e nos transformar nem que por um instante, mas são fugazes, existem somente naquele espaço de tempo. Se vão, deixando sua marca, pois existiram para isso: serem belas e efêmeras.
Algumas pessoas são assim, partem, mas deixam sua inspiração em quem ficou para ver o dia nascer, tendo consciência da fragilidade da vida.
Por mais que tente me lembrar quando comecei a gostar de futebol não consigo. Então, penso que já nasci apaixonada por este esporte. Pudera! Nasci em 1974, o Brasil tinha acabado de perder a Copa do Mundo e o manto da tristeza cobria o país, mas nação canarinho ainda estava sob os ecos da conquista do título da memorável Copa de 1970.
Nessa época minha história não tinha começado, mas nós encorporamos os acontecimentos que nos precedem na carga cultural que recebemos ao nascer. E a Copa que precedia a daquele ano era contada por adjetivos como impecável, superioridade, jogo do século e marcou a consagração definitiva do futebol brasileiro. E foi assim que nasci, menos de dois meses depois do Brasil ser derrotado pela "Laranja Mecânica".
Naquele ano, também poucos dias antes do meu nascimento, o time que hoje é um dos grandes responsáveis por esta minha paixão conquistava seu primeiro título de Campeão Brasileiro. E é para falar disso, dessa paixão inexplicável, sem limites, que nos leva da explosão eufórica a uma imensa tristeza, talvez sem razão, que hoje escrevo, porque aqui não tem lugar justamente para a razão. Como ela me falta quero comemorar o título hoje conquistado.
Hoje meu time foi campeão. Não aquele do título de 74, mas o Paduano. Sim meu time desde crianacinha, porque nasci em Santo Antônio de Pádua. Hoje, derrotando o América de Três Rios, no Estádio do Tiezão, conquistou o título de Campeão Carioca da Série C. E como paixão não se explica e para falar de futebol, comemoro o titúlo aqui.
Esta semana me lembrei muito da minha infância, da torcedora inocente que amava aquilo que ainda não entendia bem, que via somente a bola rolando em campo, disputada para se ganhar o título. Minha mãe sentava ao meu lado me ensinando as regras do jogo enquanto assistíamos a seleção em campo. Como queria ver o Brasil erguer aquela taça! Os ecos de 70 nos acompanhava Copa após Copa. Meu pai me levando para ver o time da cidade, onde nasci e cresci, no pequeno estádio onde jogava o time que queria se firmar no meio de tantos e grandes, dos que continuam e dos que acabam. Quantos sobreviverão nesse mundo de sonhos e ilusões? E o Paduano acabou.
Mas, voltando à minha infância, estive lá no Estádio Wando Carneiro Xavier quando o Paduano foi campeão da terceira divisão do Campeonato Carioca pela primeira vez em 1987, ano em que estreou neste campeonato. Subiu para a segundona disputando e ficando em boas posições nos anos seguintes e se licenciando das competições em 1993, tendo outra breve passagem pelo futebol em 2007. Já era hora de voltar e em 2012 disputou o campeonato na série C e se tornando o campeão. Chegou à final contra o América de Três Rios e eu estava lá na primeira partida em Santo Antônio de Pádua que terminou empatada em 1 a 1. A vida meu deu esta oportunidade de reviver uma lembrança tão gostosa que tinha de minha infância. No jogo de volta, em Três Rios, o Paduano, também conhecido como Trovão Azul, devido à cor de seu uniforme, venceu por 1 a 0 e ficou com o título de campeão da Série C em 2012.
O mundo está cada vez mais entrelaçado. É a nossa pequena aldeia global. As distancias se encurtaram e o conhecimento está na palma da mão, ou num clique. O assunto do momento é a sustentabilidade ecológica, mas o que isso abrange?
Organizaram um evento para tratar de questões do meio ambiente e fizeram outro que falaram de tudo: na pauta, as questões mundiais, democrático, afinal tudo está ligado. Estão pensando nos problemas do futuro e como ficam os do presente?
É aí que entra o (des)equilíbrio econômico e social, uns países são ricos, riqueza obtida, em grande parte, usufruindo dos recursos naturais. E os mais pobres? Para crescer é preciso também ter o direito de acesso aos recursos. O problema está aí, uns usaram demais e outros necessitam usar... então, quem explora quem? E quem explora o que? E quanto? Qual a medida de cada um?
Sofá para sentar, para deitar, para descansar, para assistir, torcer, namorar, relaxar, receber, comer, conversar, tricotar, para ver, ouvir, para ler...
O mundo acontece lá fora, levante-se e vá aproveitar o sol, ver a lua, vá à praia! Aproveite o dia, a noite, a vida... Não fique aí aparado vendo o tempo passar.
Existem momentos que precisamos desacelerar, precisamos de um tempo só para nós, um intervalo no programa principal, a vida que vivemos, então nada melhor que o nosso sofá.
Quem imaginaria, que em uma segunda-feira eu receberia um convite para um show? E era do Gilberto Gil. Só mesmo um grande amigo para me proporcionar este agrado. Aceitei na hora.
Esta apresentação aconteceu dentro da programação paralela da Rio + 20, na Cúpula dos Povos.
Já é domingo, amanhã tudo recomeça, mas não é hora de pensar nisso. A ordem do dia é descansar e curtir a natureza.
O Parque dos Três Picos se Localiza em Friburgo, suas trilhas proporcionam o contato com a montanha e a descobertas de paisagens de tirar o fôlego.
Quando o dia chega ao fim, só resta levantar acampamento, pegar a estrada de volta e coragem para enfrentar mais uma semana, correria e agitação que terminam na próxima sexta, ou não.
Mochila pronta, despertador marcado para às 3 h e encontro às cinco da manhã, abastecer o carro e viagem em curso.
Salinas se localiza na Reigião Serrana do Rio de Janeiro, em Friburgo. Fugir um pouco do grande centro faz bem, sair da rotina e empreender uma caminhada em meio à natureza.
À noite um queijos e vinhos ao som do crepitar das chamas de uma lareira cai bem! Risos, o frio aquecido, o calor dos amigos, uma boa conversa, o paladar agraciado pelos sabores e vida num ritimo uma pouco mais lento... até a volta.
A proposta deste tópico é apresentar um pouco de quotidiano através da fotografia amadora, casual, melhor, um clique do que foi visto.
Essa idéia surgiu numa sexta-feira, era 15 de junho, o dia já estava terminando e eu não estava no tradicional happy-hour, trocado pela arrumação de uma mochila para uma viagem de fim de semana que começaria no dia seguinte às três horas da manhã.
Com isso, explico a primeira foto, ficando como símbolo da viagem para este olhar do dia-a-dia. A coluna, portanto, virá com a foto e um breve texto que complemente e amplie seu campo de visão.
Durante toda existência humana temos procurado formas de sobreviver de modo que possamos suprir nossas necessidades com o maior conforto possível. Entretanto, sempre tivemos que trabalhar duro usando a energia dos nossos músculos para caçar, arar, colher e construir. Somente a partir da revolução industrial foi possível desenvolver tecnologia para obter um conforto jamais visto, porém, os avanços alcançados não chegaram para todos e muitos continuam vivendo privados de recursos, sem os alimentos necessários à vida e o conforto alcançado por parte da civilização. Por outro lado, a parte de nós que conseguiu uma vida melhor, nunca necessitou tanto de coisas, que, por sua vez, necessitam dos recursos do planeta para serem produzidas, e nunca, em toda nossa existência, fomos tantos em número sobre a face da Terra como agora.
Portanto, o surgimento do sistema capitalista e atual modo de vida ocidental provocaram uma pressão pelos recursos naturais do planeta nunca visto em nenhuma outra época, ou seja, apenas no curto período do último século, nosso estilo de vida foi responsável pela degradação ambiental que está pondo em risco nossa sobrevivência.
A Eco 92, que foi considerada a mais importante conferência realizada até hoje, é um marco de referência nas ações em prol da sustentabilidade mundial, porém a constatação é de que ainda há muito que se fazer. Tendo passados 20 anos após a Eco 92, realizada no Rio de Janeiro, que foi o ponto de partida das conferências posteriores sobre o ambiente e resultou numa série de documentos importantes, como a Agenda 21, também estabeleceu critérios e metas a se cumprir em prol de um futuro mais sustentável. Hoje inicia-se a Rio + 20, com o objetivo de renovar o comprometimento político com o desenvolvimento sustentável e definir novos desafios representantes do mundo inteiro estarão reunidos; apresenta-se como uma oportunidade para um balanço sobre os 20 anos decorridos desde então como forma de se avaliar o que tem sido feito.
Os temas em foco na conferência são: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável. Ou seja, para haver sustentabilidade é preciso equilíbrio entre desempenho econômico, objetivos sociais e ambientais.
Porém, o que temos de concreto são as incertezas, falta de consenso e pouca expectativa de que o documento final da Rio + 20 estipule metas ambiciosas. É provável que as negociações não se encerram ao longo dos três dias de reunião preparatória do documento final. O Brasil defende o fortalecimento de princípios acordados há 20 anos e que não haja retrocessos em pontos conquistados na Eco-92.
Contudo, atentando para o grande interesse populacional em participar, este evento é uma oportunidade para reavaliarmos nosso próprio comportamento e uma avaliação da sociedade que queremos, estimulando que repensemos nossa forma de agir, o que estamos consumindo, nossas reais necessidades, nossos hábitos, nossa posição na sociedade e a imagem que queremos ter. Esta é uma oportunidade única que temos para, não só nos pensarmos como indivíduos, mas para uma profunda reflexão sobre a civilização que estamos construindo e sobre o tipo de sociedade que queremos para nosso futuro.
Para tanto, existem muitos eventos paralelos em torno da discussão principal entre os representantes políticos enviados por seus países. Estes eventos, como a Cúpula dos Povos, a Humanidade 2012 e a TED Rio + 20 são uma oportunidade para que todos possamos participar e contribuir. Então, quando a Conferência chegar ao fim, todos poderão retornar às suas casas, aos seus países sem esquecer as lições e o aprendizado pelo qual passaram e tentar modificar o seu dia a dia e o dos que estão à sua volta.
A Rio + 20 iniciará na próxima semana, ocorrerá nos dias 13 a 22 de junho, mas diversas atividades já estão acontecendo por toda a cidade. Ontem terminou, na Quinta da Boa Vista, o Green Nation Fest, um festival interativo e sensorial que buscou estimular o público a agir por um mundo mais sustentável, tratando das questões ambientais de maneira descontraída, usando cinema, educação, esporte e moda para abordar o assunto. Nele esteve presente a modelo brasileira e embaixadora de Boa Vontade das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Gisele Bündchen, que plantou uma árvore para promover o Dia Mundial do Meio Ambiente.
O engajamento de Gisele não vem de hoje, em seu site oficial faz campanhas para o ambiente dando dicas sobre pequenas coisas para se fazer no dia-a-dia como usar as escadas para subir até dois andares, participar da Coleta Seletiva, evitar usar sacolas plásticas, cozinhar na panela de pressão, pagar suas contas online, entre outras e também divulga iniciativas como o Projeto Água Limpa*, Florestas do Futuro**, WWF - Nascentes do Brasil***, etc.
Portanto, não basta participarmos de uma ação isolada como a “Hora do Planeta”, promovida pela WWF, quando se marca data e hora para apagarmos a luz do local onde estivermos, isso serve para criarmos consciência, mas são atitudes diárias e permanentes que ao incorporarmos em nossos hábitos que farão a diferença como tomar banhos todos os dias menos demorados, com a separação seletiva do lixo, trocar as lâmpadas incandescente por outras mais econômicas, apagarmos as luzes de ambientes que não estão sendo usados, diminuirmos a quantidade de sacos plásticos, recolhermos nosso lixo das praias, não jogarmos lixo nos rios, entre muitos outros hábitos que somados poderão mudar a face do problema.
É evidente que uma mudança cultural está em marcha e ela trará uma mudança no comportamento das pessoas, o difícil é medir o quanto isso será efetivo. Porém, muita da responsabilidade está sendo jogada para cima do comportamento individual, do consumismo e do desperdício que tomou conta de nossa sociedade capitalista ocidental e é claro que cada um de nós tem sua parcela nessa culpa. Estamos diante de um momento singular da trajetória humana na Terra, o qual nos direciona para uma reflexão a respeito da sociedade industrial contemporânea e seus impactos sobre o meio ambiente nas diversas escalas sociais. O modo como a sociedade está lidando e o rumo que dará à questão ecológica será imprescindível para determinar o futuro daqui por diante.
Estamos presenciando uma crise generalizada e global não somente econômica, ecológica ou social, mais que isso, é uma crise do próprio sentido da vida e de nossa sobrevivência como espécie, é também uma crise de nossa forma de pensar e agir no mundo. Sobreviveremos na medida em que formos capazes de construir uma nova racionalidade ambiental para responder aos desafios presentes. A solução não será fácil, não será individual, não virá dos governos e órgãos internacionais, não será única, pois passa por diversas dimensões: física, econômica, cultural, tecnológica, biológica e principalmente humana. Precisamos, com todos os nossos recursos, em conjunto com todas as nossas sociedades e com toda tecnologia que dispusermos, enfrentar o problema em busca de uma sustentabilidade que garanta nossa existência e das gerações futuras.
O que nos trouxe a esta situação foi nosso estilo de vida determinado pelo sistema capitalista que exige um padrão de consumo para se auto-alimentar e que, por outro lado, nos garante um bem-estar jamais desfrutado pela humanidade, contudo, somente sendo possível porque produz desigualdades e exclusão. Então, para além das decisões técnicas e planejadas, pela perspectiva administrativa e econômica, as variáveis ambientais devem ser consideradas sobre qualquer perspectiva de projetos de desenvolvimento para que sejamos sustentáveis.
Paradigmaticamente, vem-se agregando lucro a muitos produtos considerados parte da solução à questão. São as mercadorias e serviços ecológicos. Isto é possível porque está se agregando à produção de bens materiais bens imateriais relacionados à preservação ou a diminuição do impacto ao meio ambiente. Assim, enquanto a economia industrial tinha como insumos essencialmente a matéria e a energia, transformadas pelo trabalho humano, e como produtos, bens tangíveis, a economia pós-industrial, quer ser uma economia de serviços, para qual a informação será ao mesmo tempo o principal insumo e o principal produto.
Dentro dessa lógica da comoditização da crise ambiental corremos o risco do sistema capitalista nos apresentar como solução a possibilidade de deixarmos de ser simples consumidores para nos tornarmos "consumidores verde". Sob esta perspectiva não passamos a consumir menos, mas a consumir diferente. Então, do ponto de vista econômico e sistêmico, o binômio tecnologia limpa / “consumidor verde” representa a forma de enfrentamento do problema ambiental pelo assim chamado ecocapitalismo, e assim corremos o risco de perpetuar a continuidade da mesma racionalidade econômica e ideologia dominante da sociedade industrial de consumo desde seus primórdios.
Se por um lado o consumo verde promove um enfrentamento à questão do esgotamento dos recursos naturais, por outro, pode ter um efeito contrário podendo ser o agente que garanta a continuidade dos privilégios da sociedade afluente, mesmo que resulte algum benefício ao meio ambiente. Se assim for, a já conhecida distribuição desigual do acesso aos bens de consumo se mantém inalterada já que o direito de decidir como são produzidos, distribuídos e utilizados estes bens se restringe, novamente, às elites que podem pagar por produtos com tecnologia “verde” e estar na moda consumindo o que tem o selo ecológico, ao mesmo tempo em que empurram para os bolsões pobres as indústrias que utilizam tecnologia “suja” e os produtos que já não servem mais por não serem ecologicamente corretos. Portanto, corremos o risco de perpetuar os já antigos conflitos entre as classes sociais através da distribuição e apropriação de bens.
Certamente estamos empenhados em resolver a situação, mas não sabemos exatamente o quanto nossas ações serão efetivas e suficientes. O engajamento de Gisele Bündchen serve como exemplo para a situação descrita acima: ao divulgar práticas que preservarão o ambiente fica claro que sua intenção é usar a influência de sua imagem no convencimento das pessoas a agirem de modo ecologicamente correto, além de associar sua própria imagem ao que a revista MUSE chamou de "O Anjo da Terra", fazendo com quem queira “consumir” Gisele possa passar a agir em prol da preservação do ambiente. Na matéria publicada pela revista, a modelo fala sobre seu engajamento socioambiental, os projetos que defende como o Água Limpa e ainda aproveita para divulgar o novo lançamento, sua linha de cremes Sejaa, composta por produtos de menor impacto sobre o meio ambiente.
Está claro que a modelo busca maior conscientização global sobre a questão do meio ambiente e suas intenções são as melhores para salvar o planeta. Não estou aqui para julgar ninguém, nem duvidar de intenções, só estou tentando mostrar, dentro da lógica do mercado, além de valorizada ela valoriza as marcas a que se associa, incluindo também suas ações em prol da sustentabilidade. Entretanto, não se pode mascarar a realidade, a que nos mostra que Gisele é um ícone da lógica consumista, o principal vilão dos atuais problemas ambientais, a tal ponto de ter sido criado um índice com seu nome na Bolsa de Nova York, o Gisele Bündchen Stock Index, que reúne as ações de empresas que têm imagem ligada à da top model e as compara com os demais papéis negociados na bolsa americana. Pela comparação das valorizações, a conclusão é que é muito mais rentável investir em Gisele do que no Dow Jones. O criador do índice, o americano Fred Fuld, afirmou que Gisele é "uma máquina de vender" e seu nome está associado aos mais diversos tipos de produtos: das marcas de luxo Louis Vuitton e Givenchy a gigante de computadores Apple. No Brasil, onde Gisele emprestou sua imagem para companhias como Vivo, C&A e Greendene, tiveram seus lucros multiplicados. As vendas da C&A aumentaram entre 20 e 30% na época em que Gisele aparecia nos comerciais de TV e revistas da empresa. Assim, as marcas ao se associarem a Gisele têm lucros muito maiores do que os habituais, chegando a se valorizar em 29% na Bolsa de Nova York, no período analisado. A Nívea, em 2004, viu suas vendas saltarem 67% e na Dior Gisele garantiu um aumento de 20%.
Provavelmente o mesmo apelo que a imagem de Gisele tem para vendas deverá ser transferido para adesão nas questões ambientais, o que é positivo. Porém, este processo não deixa de estar repleto das contradições que perpassam o capitalismo: a mesma imagem que cobra US$ 70 por um potinho de creme natural Sejaa e faz as cifras das marcas associadas a ela se multiplicarem em vendas se mostra preocupada com o futuro ambiental do planeta, porém é justamente o superconsumo que nos trouxe a esta situação. Estamos diante de uma balança frágil, por um lado a modelo faz campanhas promovendo ações para não deixar torneiras pingando, trocar as lâmpadas pelas de menor consumo, evitar o uso de sacolas plásticas, do outro só com sua linha de sandálias de plástico Ipanema, da Greendene, ela lucra cerca de US$ 6 milhões por ano. Em seu site, Gisele diz para voarmos menos, a aviação gera de 2% a 3% das emissões de dióxido de carbono, diz que uma videoconferência ao invés daquela viagem a trabalho agride menos o ambiente e faz uma diferença significativa para a atmosfera. Mas será que Gisele está voando menos? Ela faz parte de uma minoria privilegiada, mas será que consegue equilibrar os danos ambientais compensando sua pegada ecológica convencendo milhares de pessoas a agirem de um modo que ela jamais o fará?
É preciso perceber que um dos grandes vilões e culpados dos males ambientais é a cultura de consumo, ou melhor, o consumismo. Vivemos numa sociedade em que vemos um padrão ostentatório de uma minoria que exploram os recursos minerais dos quais não podem mais viver sem, enquanto os mais pobres exploram no lixo sua sobrevivência diária. Mesmo que o “consumo verde” traga benefícios ao ambiente, ele tem agregado a si um caráter alienante, pois em grande parte serve para salvarmos nossa consciência e não nosso Planeta, pois alimenta a indústria e não as necessidades dos seres humanos. Uma minoria privilegiada comprará o creme Sejaa ecologicamente correto e os que dispõem de menos renda terá que se contentar com o Nívea ou Pantene, de menor custo, e será que também são produzidos de forma a causar menos impacto ambiental? Será que Gisele pediria para não mais usarmos sandálias de plástico, composta por este material que é um dos maiores vilões dessa história? Será que a modelo verifica se todas as empresas as quais associa sua imagem utiliza processos de menor impacto ambiental em seu processo produtivo?
Enquanto deixarmos de focar em alternativas para a descartabilidade, a obsolescência programada e a redução do consumo e somente mantemos nosso foco na reciclagem, no uso de tecnologias limpas, na redução do desperdício e somente incrementando um mercado consumidor verde talvez não seja suficiente como solução, porque prevalecendo a corrida produtiva pode não haver proeza tecnológica capaz de por fim à degradação do meio ambiente. Então, os padrões de produção devem ser modificados, tanto com substituição de matérias primas e matrizes energéticas como o combate do desperdício.
De algum modo, a exposição às discussões e campanhas sobre o problema ambiental está moldando a sociedade, muitos estão dispostos a colaborar, só não se sabe se deste modo será efetivo e é a forma que a questão necessita. O que estamos presenciando é de fato uma mudança cultural no comportamento e nos hábitos sociais, resta saber se esta mudança é apenas superficial, se no fundo não é apenas um modo de perpetuar os antigos hábitos, o nosso velho modo de viver. Esta é uma oportunidade de repensarmos nossa sociedade, nosso modo de vida e nossa pretensão deve ser alta, não podemos apenas querer salvar o futuro, mas temos o dever de salvar o presente, porque mais importante do que buscarmos a solução para sobreviveremos aos impactos ambientais, temos que resolver como vamos salvar as pessoas que não conseguem sobreviver hoje.
* O Projeto Água Limpa é uma iniciativa pessoal da Gisele e de sua família que tem como objetivo implementar ações de gestão ambiental sustentável e promover a recuperação da mata ciliar das microbacias de Horizontina e Tucunduva (RS), região onde a top nasceu.O Água Limpa visa ser um instrumento da sociedade civil no desenvolvimento de uma nova cultura, preocupado com a natureza, justiça social, sustentabilidade e com ações claras do que seja cidadania e ética.
** Criado em 2004, o Programa Florestas do Futuro é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e visa à recuperação de matas ciliares que fazem a proteção para produção de água.
*** Frase na página do site: “Gisele Bundchen, em parceria com a Grendene, apóia o movimento Nascentes do Brasil”. Esta campanha da WWF Brasil tem o objetivo de incentivar todos os brasileiros e o poder público a adotar medidas de proteção às nascentes e a usar a água com inteligência.